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PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS, DORIAN GRAY – PRIMEIRO ESCULTOR POTIGUAR A EXPOR OBRAS EM PRAÇA

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

DORIAN GRAY CALDAS


Dorian Gray Caldas (1930), dessemelhante da personagem homônima, é professor da arte de viver e proprietário do que sonha. É o artista da Cidade. Nascido em 1930, Dorian é polímata: pintor, desenhista, tapeceiro, gravurista, escultor, poeta, ensaísta, historiador. “Nasci, vivi, morri/ muitas vezes. Dividi-me/ em muitos, multipliquei-me/ em tantos.” Apoiado pelos deuses, seja feito o seu destino, o de inovar em sua arte, com lirismo e devoção: Nenhuma lua morre em minhas mãos. Pintor de emoções, fraterno artesão, escultor da palavra, artista de Natal são algumas expressões que apenas adjetivam. A sua arte exige neologismos: doriânica, para o doriânico amigo da cidade. Um homem feito em cores, ouro e cinza. O próprio nome sugere: Dorian, ouro, e Gray, cinza. A sua poesia é também a presença da natureza, da religião, dos sentidos e sentimentos que reclamam de nossa alma a consciência universal de que, vindos do pó, aonde retornaremos, somos mais que areia a escorrer na ampulheta da vida. Somos poesia, de comunhão de formas, cores, signos, perfume, calor, sons em harmonia. Transforma em artes plásticas o que Câmara Cascudo escreveu, o Mar Antigo e sempre novo, o Homem e o seu Chão, a Cor estabelecendo o que vem na Alma: “Pinto as pessoas que ainda se alegram e que se vestem pensando que são reis, rainhas”. O povo sempre acrescenta ao tangível o seu imaginário. Ao receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, disse: “Sempre tive e tenho a destinação inequívoca da verdade. O homem nordestino/ brasileiro, com seus fazeres e seus sonhos, suas fantasias e seus fetiches, sua fé e os seus ritos. Mitos. Não temo o desagrado e raramente pinto flores. Não ponho maquiagem no rosto dos que sofrem, frequentemente obtenho mais do que me proponho, e razoavelmente registro a alma subliminar dos que amo. Venho da infância com esta compulsão para a arte, a poesia, o sonho. Desenhei

nos meus primeiros anos com fúria e paixão. Tudo que via, percebia, era uma extensão de minhas mãos, da minha sensibilidade. É natural que este exercício fundamentava- -se na apreensão figurativa imediatamente observada e copiada. Algo, todavia, já transbordava dos registros. Desenhava semelhanças com relativa facilidade. Incorporei depois a escultura, a pintura, os fundamentos teóricos e técnicas essenciais à construção do meu trabalho: nascia a gravura, a tapeçaria, o afresco, o mural, a cerâmica, os metais, o óleo. Vindo de informações acadêmicas, sem escolaridade, certamente chegaria ao moderno pelo mesmo caminho, pelo autodidatismo, adaptativo vocacional intuitivo, exercitado pela capacidade receptiva de sentir a arte e premiar as minhas prioridades eletivas. Assim caminhei em direção dos registros humanos, segmentos, marginalidade, rio, mar, autos da cidade, luz e cor, fantasias de reis rainhas, fugas coloridas da miséria de muitos, redivivas pelo ritmo da dança, os papéis coloridos dos brincantes; as luas de falsos metais, o brilho dos punhais, a festa aguda e deslumbrante das peripécias urbanas”. A sua obra plástica ornamenta recantos do Brasil e de muitos países. Ao recriar o Universo, Dorian Gray vive a A
FONTE – REVISTA TCE RN

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